“Saí a pensar: ‘Que porrada que eu levei “

avançado do Sporting, Paulinho, foi esta terça-feira o convidado do podcast ‘ADN de Leão’, no qual recordou como foram os primeiros tempos da mudança do Sporting de Braga para Lisboa, assim como o primeiro treino sob a batuta de Rúben Amorim agora no clube de Alvalade.

“Assino quando jogámos com o Benfica e no dia a seguir temos treino à tarde. Saí do treino a pensar: ‘Ai meu Deus, que porrada que eu levei que nem sinto as pernas’. E o mister disse: ‘Doi tranquilo hoje…’ E eu ‘Tranquilo? ia desmaiando!’ Não foi só uma adaptação à equipa, foi ao treino, à exigência”, começou por dizer o internacional português

“Já era intenso com ele [Rúben Amorim] no Sporting de Braga mas depois muda conforme os treinadores. Já tinha saudades de treinar assim, mas não estava preparado. Senti. Com ele a exigência é tanta, em tudo, que senti, não vou mentir. E tinha vindo de lesão… Foi uma adaptação à equipa, aos colegas, à cidade, ao treino, à forma de jogar. Já tive treinadores que me disseram que, como sou avançado, não tinha de correr. Aqui se disser ao mister que não corro…”, acrescentou.

“Mesmo o meínho é agressivo, Às vezes já saí por ser muito intenso. Temos dois: o dos miúdos e do Neto, que é o pai deles, e dos restantes, que é agressivo. Quem for mais vezes o rei no mês, que é quem leva 20 toques seguidos sem tocar na bola ou a bola passar pelo meio das pernas, tem de pagar um almoço. É o meínho da Champions League. O dos miúdos é o distrital. Às vezes o deles parece um funeral, ninguém festeja… Nós é agressivo, é cansativo por vezes”, atirou ainda, falando também das críticas de que foi alvo por causa da falta de golos.

“Houve uns jogos em que não ganhámos e as pessoas já diziam: ‘contratámos com este preço… Não está a corresponder’. Percebo tudo, o contexto à volta, é normal. São 19 anos sem ganhar. Mexe com as pessoas. Mas sei o jogador que sou, sei que vou encaixar. Nem era o eu marcar, era perceber a equipa. É diferente jogar comigo ou o Tiago Tomás, ele tem coisas que eu não tenho. As dinâmicas são diferentes. Há coisas às quais a equipa tem de se adaptar e eu tenho de me adaptar. Por isso se faz uma pré-época”, sublinhou.

“Achei também que podia ter feito mais. Mas foram muitas coisas que… pronto, somos campeões com uma derrota. Não brinco quando digo isto. Trocava todos os golos pelo título. É por esse caminho que quero ir quando for treinador. Não sou parvo, nem estou com discursos ou desculpas. Quero marcar em todos os jogos e quando não marco fico chateado. Ponto final. Chego a casa chateado. Já tive jogos em que marquei e disse que não joguei nada, noutros digo que joguei pesado”, concluiu.

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